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Paul Claudel foi um escritor e diplomata francês. Nasceu no dia 6 de agosto de 1868 em Villeneuve-sur-Fère.
Irmão da escultora Camille Claudel. A sua infância decorreu entre os trabalhos dos campos, em contacto direto com a terra. Aos treze anos, a sua família mudou-se para Paris, onde a sua irmã Camille estudava escultura com Rodin.
No verão de 1886, teve uma profunda experiência psicológica ao descobrir a poesia de Arthur Rimbaud.
Em 1890, prestou os exames necessários para ingressar no serviço diplomático francês e, após uma permanência de dois anos no Departamento Comercial, em Paris, serviu como Vice-Cônsul em Nova Iorque (1893), Xangai (1894), Fuchow, Hankao, Pequim e Tianjin (1899-1906).
Em 1906, durante uma das suas viagens a França, casou-se com Reine Saint-Marie-Perrin, filha de um arquiteto de Lyon, com quem regressou à China, onde naquele mesmo ano tinha sido nomeado primeiro secretário da Embaixada francesa. Deste casamento nasceram cinco filhos: Marie, Pierre, Henri, Reine e Renée.
Nos seus trabalhos de poesia, teatro, livros de viagens e crítica literária, expressa a sua fé na Igreja Católica. A poesia, que aparece nas suas Cinco Grandes Odes (1909), recebe influências dos simbolistas, o que também se pode observar no drama poético A Cidade (1890). Entre as suas obras de teatro contam-se A Anunciação a Maria (1909) e O Sapato de Cetim (1927-1929). Também escreveu o oratório dramático O Livro de Cristóvão Colombo (1930), ao qual o compositor francês Darius Milhaud musicou.
Claudel foi membro da Academia Francesa e Comendador da Legião de Honra. Como diplomata, afastou-se, em geral, das normas habituais do protocolo. A este respeito, Paul Moiand definiu-o de forma pitoresca: "Tão pouca penetração para a intriga à Maquiavel como para a psicologia à Talleyrand; tão pouca astúcia como na sua literatura; tão pouca metafísica como na sua religião. A sua ação não foi, em suma, brilhante; foi algo melhor: sólida".
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