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O artista nasceu em Bolchye Gorki (Ucrânia), mas faleceu em Moscou. Kliun estudou desenho em Varsóvia (Polônia) e em vários dos ateliês de pintores russos, juntamente com Ilya Mashov (1881-1944) e Kazimir Malevich (1878-1935). Kliun participou do Cubo-Futurismo russo (1912-1915). Obras do artista participaram da importante mostra 0:10, Última Mostra Futurista (1915), organizada por Ivan Puni, quando Malevich apresentou pela primeira vez suas obras abstratas, ditas, Suprematistas. Malevich lançou o Suprematismo - Novo Realismo Pictórico (1915-1919) e Kliun participou do grupo Supremus (1915-1916), juntamente com outros artistas como Olga Rozanova (1886-1918), Mikhail Menkov (1889-1921), Liubov Popova (1889-1924), Vera Pestel (1887-1952). Kliun assinou o manifesto do Supremus, liderado por Malevich, juntamente com Ivan Albertovich Puni (Jean Pougny, 1892-1936) e sua esposa, a pintora Ksênia Bogulavskaia-Puni (1892-1972).
Depois da Revolução Russa Kliun publicou, juntamente com K. Malevich o ensaio A Arte da Cor [L' art de la couleur] (Lausanne: L' Age d' Homme, 1977). O artista foi professor nos Ateliês Livres Estatais [SVOMAS] (v.); ele ensinou nos Estúdios Superiores de Arte e Técnica [VChUTEMAS] (Moscou, 1921, v.), e, no ano seguinte, ele foi diretor encarregado do escritório central da organização das mostras estatais no Instituto Estatal de Cultura Artística [INKhUK] (1922, v.).
Kliun criou relevos Construtivistas (madeira, 1918-) e introduziu a luminescência nas suas pinturas, traduzindo na obra a influência recebida de Aleksandr Rodchenko (1891-1956), que, na época, tornou-se o mais destacado artista das vanguardas russas, suplantando por poucos anos a supremacia de Malevich, que, no entanto, permaneceu superior devido a sua vasta obra teórica (v.). Kliun pintou temas comuns nas suas obras com inspiração Cubo-Futurista, como Naturezas-Mortas.
Escritor e artista plástico, Kliun associou-se a OPOIAZ/ Sociedade para Estudo da Linguagem Poética (1927, v. Grupo da Opoiaz), instituição que, na época, foi liderada pelo burocrata e escritor Osip Brik (1888-1945). O artista foi retratado por seu amigo Malevich (1913), na pintura de estética medieval, inspirada nos retratos pintados pelo italiano Andrea Mantegna. Nesse mesmo estilo Malevich pintou seu Auto-Retrato (1933, óleo/ tela, 73 cm x 66 cm): as obras citadas, que pertencem ao acervo do Museu Russo de São Petersburgo, participaram da mostra 500 anos de Arte Russa (Oca, Parque do Ibirapuera, São Paulo, 2002).
Ivan Kliun faleceu a 13 de dezembro de 1943.
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