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Vincent van Gogh nasceu a 30 de março de 1853 em Zunder, Países Baixos. Pintor pós-impressionista que se encontra entre as figuras mais famosas e influentes na história da arte ocidental. Van Gogh não alcançou fama durante a sua vida, mas o seu trabalho tornou-se extremamente popular postumamente. O seu estilo distintivo de pintura, caracterizado por cores chamativas e pinceladas expressivas, teve uma profunda influência na arte do século XX.
Cursou os seus estudos até aos 15 anos no Instituto Hannik Tilburg. Tentou tornar-se teólogo em 1877, mas por não saber nem grego, nem latim, foi rejeitado. Foi enviado para a Bélgica como missionário para a região de Mons entre os mineiros de Borinage.
As suas primeiras composições revelam as suas experiências como pregador, na tosca e direta Os comedores de batata, sendo um dos dez únicos gravados que fez durante a sua carreira.
Viajou para Paris em 1866, lugar onde começou a viver com o seu irmão Théo, que era comerciante de arte e foi ali que começou a familiarizar-se com as novas propostas artísticas que se encontravam em auge. A influência de Ando Hiroshige e Hokusai, entre outros, motivou-o a experimentar com as técnicas do momento.
Ele tinha a ilusão de fundar um Atelier do Meio-dia, por esta razão em 1888 abandonou Paris e mudou-se para o sul da França, com a ideia de entusiasmar os seus amigos para seguir o seu ideal. Dedicou-se por completo à pintura, criando diversas obras e usando como inspiração o sol ardente da Provença, desenhava com tal paixão, transmitindo todo o seu sentimento em cada obra.
Paul Gauguin foi um dos artistas que se deixou contagiar pelo seu entusiasmo, uma fusão artística impressionante, mas que não durou muito, aos dois meses a harmonia caiu por terra e começaram a ter fortes confrontos, a tal ponto que Van Gogh atreveu-se a ameaçar com uma navalha a Gauguin; vítima do remorso, Van Gogh nessa mesma noite cortou a orelha.
O quarto, 1989.[https://www.artic.edu/collection?is_public_domain=1](https://www.artic.edu/collection?is_public_domain=1)
Esteve hospitalizado num manicómio e nesse mesmo tempo aproveitou para trabalhar, mas preso dos seus ataques de loucura. Durante três meses em Auvers foi atendido por um médico Paul Gachet, ao qual pintou um retrato em 1890.
As complicações na saúde de Van Gogh foram muitas devido à desnutrição e à pobreza. No final do século XIX, era viciado em cana de absinto, uma bebida popular narcótica. Sofreu de sífilis, envenenamento por chumbo, epilepsia e síndrome de Meniere.
Paradigma de pintor atormentado, de génio solitário que não vendeu nem um miserável quadro em vida (hoje a sua obra tem um valor incalculável), é verdade que tinha sérios transtornos psiquiátricos, mas o certo é que foi um pintor muito do seu tempo, que evoluiu da monocromia típica da pintura holandesa e do realismo dos seus ídolos Millet ou Rembrandt, à arte colorida com que o identificamos hoje em dia, passando pela inevitável influência do impressionismo.
Em 1890 culmina o seu inquietante Corvos sobre o trigal e foi a 27 de julho, desse mesmo ano, quando disparou um tiro no estômago, arrastou-se até à sua casa em Auvers, e dois dias depois nos braços do seu irmão, morreu finalmente.
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