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Rafael Sanzio, também chamado Raffaello Santi ou Rafael de Urbino. Foi um pintor e arquiteto italiano. Nasceu em Urbino, Itália em 1483.
O seu pai, Giovanni Santi, foi pintor e poeta na corte dos Montefeltro em Urbino e, embora tenha falecido quando o seu filho ainda não tinha doze anos (em 1494), é provável que lhe tenha ensinado os primeiros rudimentos da pintura.
A sua carreira dividiu-se naturalmente em três fases e três estilos: os seus primeiros anos na Úmbria, o período posterior de quatro anos em Florença (1504-1508), onde absorveu as tradições artísticas da cidade, e finalmente o seu último e triunfal período de doze anos em Roma, trabalhando para os papas e a sua corte.
Aos 14 anos, entrou na oficina de Pietro Perugino, que o formou como pintor até fazer dele o seu principal ajudante.
Por volta de 1499, com apenas 16 anos, Rafael começou a receber as suas primeiras encomendas independentes, uma das primeiras encomendas seria o retábulo para a igreja de Santo Agostinho de Città. O pintor rapidamente ganhou o respeito de mecenas e colegas artistas. Na cidade de Siena, de facto, colaborou com o artista Pinturicchio, que em 1503 solicitou a sua ajuda para decorar a livraria Piccolomino da Catedral de Siena.
A obra que o catapultaria para a fama foi Os desposórios da Virgem, elaborada em 1504, onde Rafael acrisola a influência do seu mestre Perugino.
De 1504 a 1508 trabalhou fundamentalmente em Florença, onde recebeu a influência da arte de Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo.
Em 1508, o Papa Júlio II chamou-o a Roma para decorar os seus aposentos no Vaticano, conhecidos atualmente como Estâncias do Vaticano, Rafael pintou um dos ciclos de frescos mais famosos da história da pintura. Alternando este trabalho com a realização de outras obras, como os frescos de O triunfo de Galateia para a Villa Farnesina. A este período correspondem também numerosos quadros da Virgem com o Menino. A partir de 1518, Rafael ocupou-se da decoração das Loggias do Vaticano com pequenas cenas do Antigo Testamento envolvidas em painéis de grutescos. A Transfiguração, última obra do artista, é considerada por alguns o compêndio perfeito da sua arte. Os seus trabalhos arquitetónicos, de menor importância do que os pictóricos, incluíram a direção das obras de São Pedro do Vaticano.
Rafael manifestou a sua propensão para o classicismo, mostrando um perfeito equilíbrio de manuseamento da luz, da perspetiva e da harmonia. A sua severidade compositiva foi admirável. Os seus retratos realizados em Roma superam em realismo e em expressão psicológica os florentinos.
Pelo seu classicismo equilibrado e sereno baseado na perfeição da luz, na harmonia da composição e no domínio da perspetiva, a obra de Rafael constitui, juntamente com a de Leonardo e Miguel Ângelo, uma das mais excelsas realizações dos ideais estéticos do Renascimento.
Rafael faleceu em 1520 aos 37 anos. Deixando um legado indiscutível que seria imitado e inspirado por muitos outros artistas ao longo do tempo.
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