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Raoul Dufy foi um pintor, artista gráfico e designer têxtil francês. Nasceu no dia 3 de junho de 1877 em Le Havre, França.
Aos catorze anos, deixou a escola para trabalhar numa empresa importadora de café. Em 1900, ingressou na Escola de Belas Artes de Paris, após um ano de serviço militar, graças a uma bolsa de estudos.
Em 1900, obteve uma bolsa que lhe permitiu estudar na Escola de Belas Artes de Paris. O artista pintava à maneira dos impressionistas e pós-impressionistas, retratando praias, paisagens, nus, vistas de Paris ou do sul de França até que, em 1902, conheceu Henri Matisse e outros pintores fauvistas, que trabalhavam com cores vibrantes e irreais e formas ousadas. Com o tempo, a sua obra tornou-se mais amável, alegre e luminosa, mostrando um predomínio crescente da linha, características que se tornaram mais evidentes nas suas aguarelas.
Por volta de 1908, devido à sua relação com Braque, experimentou uma certa influência do cubismo, uma tendência que nunca o satisfez completamente, e gradualmente regressou ao seu estilo anterior, praticando um fauvismo de cores decorativas e cenas elegantes.
Foi reconhecido internacionalmente a partir da sua obra gráfica, especialmente pelas ilustrações para O Bestiário (1911) de Guillaume Apollinaire.
O seu estilo pessoal consolidou-se em 1919. Pintava principalmente com aguarela, utilizando cores exuberantes, e aligeirou o traço do desenho, que se encheu de curvas e arabescos: pintava corridas de cavalos, portos, remadores e, novamente, praias.
Em 1926, Dufy decidiu separar a cor da forma e dividiu as suas telas em três faixas horizontais ou verticais, cada uma com a sua tonalidade peculiar. Continuou a explorar os seus temas preferidos e pintou uma série de nus e de estúdios.
Como temas centrais, utilizava barcos à vela e outras atividades, como Corridas de Cavalos em Deauville (1931, Coleção particular, Paris) e L'Opéra (Coleção Phillips, Washington). Realizou murais, como os do Palácio de Chaillot em Paris, além de pinturas de cavalete.
Em 1944, o artista decidiu reduzir a sua paleta a uma "pintura tonal" e realizou uma série de composições segundo estes princípios. Refugiou-se em Perpignan durante a Segunda Guerra Mundial, onde pintou paisagens.
Entre 1950 e 1952, Raoul Dufy viveu nos Estados Unidos e continuou a pintar novos paisagens. Pintor acima de tudo, também praticou desenho, gravura, xilogravura, produziu litografias e ilustrou obras de Apollinaire, Mallarmé, entre outros. Recebeu o Grande Prémio da Bienal de Veneza em 1952.
Raoul Dufy faleceu no dia 23 de março de 1953 em Forcalquier, França.
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