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Otto Dix nasceu no dia 2 de dezembro de 1891 em Untermhaus, Alemania. Filho de pais da classe trabalhadora com inclinações artísticas e artesanais, foi aprendiz de um pintor decorativo nas redondezas de Gera.
Dix conheceu a arte moderna nas suas viagens e em Dresden, onde estudou na Escola de Arte Decorativa de 1909 a 1914. A influência dos primeiros artistas alemães, como Durero e Cranach, foi logo substituída pela dos impressionistas e pós-impressionistas. Por volta de 1912, Dix já tinha entrado em contacto com os expressionistas, cuja experiência serviu de base para a sua arte madura.
Durante o seu serviço no exército (1915-1918), Dix expôs pela primeira vez os seus famosos desenhos sobre a guerra (1916), que profetizavam, tanto no estilo como no conteúdo, a sua obra posterior. Regressou a Dresden em 1919 e trabalhou na Academia de Dresden até 1922, associando-se brevemente aos dadaístas de Berlim, que expuseram as suas obras na Feira Internacional Dada de 1920. Durante esses anos, também foi membro do Novembergruppe, de orientação política, e do Gruppe 1919 da Sezession Dresden.
Entre 1922 e 1925, período que passou na Academia de Düsseldorf, Dix publicou o seu famoso ciclo de gravuras, Der Krieg. A obra foi executada num estilo verista, já evidente no seu trabalho a partir de 1920. Nessa altura, Dix era bem conhecido pela sua amarga crítica sociopolítica. A natureza inflexível da sua visão e a sua atenção ao detalhe faziam parte de uma reação geral contra a abstração após a Primeira Guerra Mundial. A sua reputação cresceu, e Dix realizou a sua primeira retrospetiva na Galeria Nierendorf em 1926. Também foi professor na Academia de Arte de Dresden entre 1927 e 1933.
Apesar de respeitado e amplamente exibido durante esse período, foi declarado "degenerado" pelos nazis em 1933 e proibido de ensinar. No ano seguinte, também lhe foi proibido exibir. Foram anos de tensão, em grande parte porque Dix escolheu permanecer na Alemanha. Mudou-se frequentemente até se estabelecer em Hemmenhofen em 1936. No ano seguinte, oito das suas obras foram incluídas na exposição de Arte Degenerada em Munique, e em 1938, 260 das suas obras foram confiscadas, algumas destruídas ou vendidas. Em 1939, Dix foi detido pela Gestapo em Dresden; em 1945, serviu no Volkssturm, período durante o qual foi feito prisioneiro pelos aliados em Colmar.
A partir de 1946, após o seu regresso a Hemmenhofen, Dix exibiu amplamente, e a partir de 1948 concentrou grande parte da sua energia na litografia. O seu estilo suavizou-se um pouco, e o conteúdo tornou-se mais místico e religioso. Durante os seus últimos anos, desfrutou de vários cargos prestigiosos como professor.
Otto Dix faleceu de um ataque cardíaco, aos 77 anos, no dia 25 de julho de 1969.
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